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http://hdl.handle.net/11612/7558
Autor(a): | Silva, Taynan Brandão da |
Orientador: | Martins, Paulo Fernando de Melo |
Título: | Os planos de aula do portal Nova Escola sob a perspectiva antirracista |
Palavras-chave: | Ensino de História; Visões da África; Educação das relações étnico-raciais; Lei 10.639/2003; Portal Nova Escola; History Teaching; Visions of Africa; Ethnic-Racial Relations Education; Law 10.639/2003; Nova Escola Portal |
Data do documento: | 19-Dez-2024 |
Citação: | SILVA, Taynan Brandão da. Os planos de aula do portal Nova Escola sob a perspectiva antirracista. 2024. 116f. Dissertação (Mestrado em Profissional em Educação) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Educação, Palmas, 2024. |
Resumo: | As visões construídas sobre o continente africano foram historicamente contadas a partir do olhar de um outro. Esse outro concebeu esse lugar como sendo arcaico e ajudou a fortalecer uma ideia pejorativa sobre ele, organizada paulatinamente através dos séculos e fortalecida através de laços de exploração e poder. É comum, nos dias atuais, associar África à pobreza, miséria, atraso. O Brasil recebeu inúmeros africanos durante o período em que vigorou o tráfico negreiro e aqui essa população buscou mecanismos para resistir a toda opressão construída em torno de sua cultura e suas tradições e, mesmo neste regime, permanecem lutando para que suas vozes sejam ouvidas e possam partilhar a sua versão acerca de si próprios. Na tentativa de compensar esse passado excludente, o governo federal por meio da Lei Nº 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino de história da África e cultura afro-brasileira e, passados mais de vinte anos de sua criação, esse dispositivo legal ainda enfrenta inúmeros desafios ao ser implementado nas escolas públicas de todo o país. Assim, o presente estudo parte da necessidade de investigar os motivos pelos quais a legislação que discute uma educação das relações étnico-raciais não é promovida no ambiente escolar, pelo contrário, observa-se a manutenção de uma lógica pouco diversa dominada por uma visão eurocentrada, especialmente no ensino e estudo da História. Dessa maneira, compreendendo que os planos de aula na educação básica se constituem como ‘cenário’ de disputa de projetos de sociedade no ambiente escolar, a pesquisa analisa os planos de aulas de História sob uma perspectiva antirracista, disponibilizados pelo Portal Nova Escola, plataforma conhecida por parte de inúmeros docentes, e que é atualmente gerida por um dos grupos econômicos mais ricos e influentes do país. A pesquisa revela o viés mercadológico do ensino e como os professores, por diversas vezes, não conseguem estruturar uma proposta de ensino plural e diverso e que rompa com as visões historicamente construídas acerca do continente africano. Destarte, ao final, a investigação propõe uma abordagem didático-pedagógica para ensino de história, por meio de um guia metodológico que contém sequências didáticas que ajudam a fomentar uma prática educativa mais inclusiva e que pode ser utilizada como ferramenta de apoio aos professores que buscam romper com essa estrutura social excludente. |
Abstract: | The visions built on the African continent were historically told from the look of another. This other conceived this place as being archaic and helped strengthen a pejorative idea about it, gradually organized through the centuries and strengthened through ties of exploitation and power. So much so that today it is common to associate Africa with poverty, misery, delay. Brazil received numerous Africans during the period when the slave trade in force and here this population sought mechanisms to resist all the oppression built around its culture and its traditions and, even of this regime, remain struggling so that their voices can be heard and can share your version about yourself. In an attempt to compensate for this exclusionary past, the federal government through Law No. 10.639/2003 made it mandatory the teaching of Africa and Afro-Brazilian culture and, more than twenty years of its creation, this legal device still faces numerous problems to be implemented in public schools across the country. Thus, the present study starts from the need to investigate the reasons why the legislation discussing an education of ethnic-racial relations is not promoted in the school environment, on the contrary, the maintenance of a little diverse logic dominated by a Eurocented view is observed. , especially in the teaching and study of history. Thus, understanding that class plans in basic education constitute as a 'scenario' of disputing society projects in the school environment, the research analyzes the history of history classes from an anti -racist perspective, made available by Portal Nova Escola, a known platform by numerous teachers, which is currently managed by one of the richest and most influential economic groups in the country. The research reveals the market bias of teaching and how teachers, several times, cannot structure a proposal for plural and diverse teaching that breaks with the historically constructed views on the African continent. Thus, in the end, the research proposes a didactic-pedagogical approach to history teaching through a methodological guide that contains didactic sequences that help foster a more inclusive educational practice that can be used as a tool for supporting teachers who seek break with this exclusionary social structure. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/7558 |
Aparece nas coleções: | Mestrado Profissional em Educação |
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