Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/6780
Autor(a): Silva, Súsie Fernandes Santos
Orientador: Ertzogue, Marina Haizenreder
Título: O paraíso tropical entre ouro, pedras e palmeiras: percepções ambientais dos barraqueiros das praias artificiais no lago da Usina Hidrelétrica Estreito
Palavras-chave: Norte do Brasil; Lago de hidrelétrica; Praia artificial; Governança; Barraqueiros; North of Brazil; Hydroelectric lake; Artificial beach; Governance; Beach merchants
Data do documento: 29-Abr-2023
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Citação: SILVA, Súsie Fernandes Santos. O paraíso tropical entre ouro, pedras e palmeiras: percepções ambientais dos barraqueiros das praias artificiais no lago da Usina Hidrelétrica Estreito.2024. 226f. Tese (Doutorado em Ciências do Ambiente) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente, Palmas, 2024.
Resumo: Esta pesquisa corresponde a uma investigação sobre os modos de percepção ambiental dos barraqueiros proprietários de estabelecimentos localizados nas praias artificiais da margem tocantinense do lago da Usina Hidrelétrica Estreito. As praias artificiais foram construídas pelo grupo empreendedor da hidrelétrica, Consórcio Energia Estreito (CESTE) e entregues, a título de medida compensatória, a sete municípios impactados, sendo seis no estado do Tocantins e um no estado do Maranhão; no entanto, a praia localizada no estado do Maranhão não faz parte desta pesquisa. O objetivo geral desta pesquisa buscou analisar a percepção ambiental dos barraqueiros nas práticas de utilização e preservação das praias artificiais localizadas nos municípios de: Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Palmeirante e Palmeiras do Tocantins. Para tanto, foi necessário, a partir dos relatos dos entrevistados, conhecer o desenvolvimento das atividades nas praias naturais, bem como a constituição e gestão das associações de barraqueiros em relação aos impactos causados pela formação do lago da UHE, as estruturas e condições de funcionamento das praias artificiais e os agravamentos causados pelas medidas restritivas impostas pelas gestões municipais para minimizar a disseminação da pandemia Covid-19. Na revisão da literatura, foram utilizadas produções científicas que abordam as temáticas em estudo nesta pesquisa: meio ambiente, turismo, cultura ribeirinha dos barraqueiros, associativismo, conceito de impactado/atingido hídrico, governança municipal, dentre outros. Além disso, foram observadas também as características das praias antes da formação do lago (praias naturais), os indicadores do turismo pós-barragem, bem como os impactos da pandemia Covid-19 nas temporadas de praia dos anos de 2020 e 2021. Para a busca de informações preliminares, foram realizadas visitas de observação na temporada de praia do ano de 2021. No primeiro momento, as visitas concentraram-se na verificação da estrutura física de cada uma delas, bem como na obtenção de contatos com os barraqueiros. No segundo momento, foi realizada a coleta de dados utilizando a entrevista semiestruturada e/ou em profundidade com a participação dos presidentes das associações de barraqueiros que atuam nas praias. Para as análises, foram utilizados documentos e informações obtidas em sites oficiais e acadêmicos, uso da revisão sistemática no levantamento das produções acadêmicas que abordam a mesma temática e a Análise de Conteúdo. Os resultados relacionados à parte estrutural, mostraram: que cada praia é gerida de maneira individual; que os municípios não têm intercooperação na condução da administração dessas praias; que todas as associações de barraqueiros são constituídas legalmente e possuem Estatuto Social e Regimento Interno. De modo geral, a pesquisa constatou que apenas os barraqueiros de duas delas afirmaram possuir o Termo de Cessão de Uso das Barracas. No entanto, em todas as praias há participação da gestão municipal na logística de estruturação para a temporada de praia.
Abstract: This research represents an investigation into the environmental perception of beach merchants who own establishments located on the artificial beaches on the Tocantins shore of the Estreito Hydroelectric Plant’s lake. The artificial beaches were built by the hydroelectric power plant's entrepreneurial group, Consórcio Energia Estreito (CESTE) and delivered, as a compensatory measure, to seven impacted municipalities, six in the state of Tocantins and one in the state of Maranhão; however, the beach located in the state of Maranhão is not part of this research. The general objective of this research sought to analyze the environmental perception of shack owners in the practices of use and preservation of artificial beaches located in the municipalities of: Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Palmeirante and Palmeiras do Tocantins. To this end, it was necessary, based on the interviewees' reports, to know the development of activities on natural beaches, as well as the constitution and management of shack owners' associations in relation to the impacts caused by the formation of the HPP lake, the structures and operating conditions of artificial beaches and the worsening caused by the restrictive measures imposed by municipal administrations to minimize the spread of the Covid- 19 pandemic. In the literature review, scientific productions were used that address the themes under study in this research: environment, tourism, riverside culture of beach merchants, associations, concept of water impacted/affected, municipal governance, among others. In addition, the characteristics of the beaches before the formation of the lake (natural beaches), post-dam tourism indicators, as well as the impacts of the Covid-19 pandemic on the beach seasons of 2020 and 2021 were also observed. In search of preliminary information, observation visits were carried out during the 2021 beach season. Initially, the visits focused on checking the physical structure of each beach, as well as obtaining contacts with the stallholders. In the second moment, the data collection was carried out using semi-structured and/or in-depth interviews with the participation of the presidents of the stallholder associations that operate on the beaches. For the analyses, documents and informations obtained from official and academic websites were used, the use of systematic review in the survey of academic productions that address the same theme and Content Analysis. The results related to the structural part showed: that each beach is managed individually; that the municipalities do not have intercooperation in managing these beaches; that all beach merchant associations are legally constituted and have Bylaws and Internal Regulations. In general, the research found that only the stall holders of two of them stated that they had the Term of Assignment of Use of the Shacks. However, on all beaches there is municipal management participation in the structuring logistics for the beach season
URI: http://hdl.handle.net/11612/6780
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