Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/5532
Autor(a): Silva, Gilson de Araújo
Orientador: Guedes, Luciano da Silva
Título: Os desafios socioespaciais da regionalização da saúde na região médio norte de Araguaína.
Palavras-chave: Região Médio Norte Araguaia;Saúde;Desenvolvimento;Equidade de Acesso;Vulnerabilidade social;Salud;Desarrollo;Equidad de Acceso;Vulnerabilidad Social.
Data do documento: 2022
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Programa: Programa de Pós - Graduação em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais, Universidade Federal do Tocantins
Citação: SILVA, Gilson de Araújo. Os desafios socioespaciais da regionalização da saúde na região médio norte de Araguaína. 2022. 87 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de Pós - Graduação em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, 2023.
Resumo: A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988 representa uma conquista social da VIII Conferência da Saúde. Sua implantação foi viabilizada pela Constituição de 1988, que reconheceu a saúde como um direito universal, sendo uma necessidade básica de todo cidadão e um dever do Estado promovê-la. Entre os princípios do SUS têm-se a Universalidade, a Integralidade e a Equidade. Também há as diretrizes Regionalização e Descentralização. A Regionalização da saúde visa a promoção da acessibilidade aos serviços de saúde através da pactuação entre municípios e Estados para viabilizarem a aquisição e a implantação de serviços de saúde para a população adscrita a determinado território. A descentralização é outra diretriz que norteia a pactuação e participação dos Estados e municípios na gestão dos recursos a eles destinados, função exercida anteriormente apenas pela União. A consolidação do SUS é um processo que demanda anos e que se depara com desafios socioespaciais para a sua operacionalização, desafios estes que são alvos de políticas públicas idealizadas para nortearem sua resolução, entre eles, a oferta de serviços de saúde desigual nos territórios, associadas à assimetria de desenvolvimento nas localidades. Esse Panorama influencia no fluxo populacional em busca pelos variados serviços presentes nos centros mais desenvolvidos, entre eles os da saúde, considerados de primeira necessidade e que, por essa justificativa, há a necessidade de estarem o mais próximo das comunidades que deles dependem. Contudo, os serviços de saúde estão concentrados nas cidades polos, que são referências nas Regiões de Saúde constituídas por variadas cidades e separadas da referência por distâncias, ora significativas, para serem percorridas por indivíduos em busca de atenção à saúde. Para verificar os desafios socioespaciais referentes à Regionalização da saúde na Região Médio Norte Araguaia, partiu – se das hipóteses que há fluxo populacional para a cidade de Araguaína das populações das cidades próximas em busca de atendimento aos serviços de saúde e que a diminuição da assimetria socioespacial intrarregional minimiza o fluxo populacional, garantindo maior equidade de acesso. Para tanto, elencou-se os objetivos, geral: caracterizar a Regionalização da Saúde da Região Médio Norte Araguaia e apontar as desigualdades socioespaciais intrarregional e seus reflexos no acesso aos serviços do SUS; específicos: 1- descrever a estrutura da saúde da Região Médio Norte Araguaia, visando entender se as diferenças socioeconômica entre os seus municípios, interferem no acesso à saúde e na promoção da vulnerabilidade; 2- identificar, por município, o levantamento de indivíduos que buscam os serviços de saúde em Araguaína, bem como os principais serviços de saúde que estão atraindo a população dos municípios vizinhos; 3 - investigar como a densidade populacional e a distância podem se configurar como fatores desafiadores para o acesso aos serviços de saúde do SUS, na região do Médio Norte Araguaia. O estudo aconteceu a partir do levantamento de dados secundários das fontes IBGE, SESAU, SEMOS, SEPLAN, Ministério Público, HRA e HMA. A análise considerou o valor absoluto do levantamento, que se refere aos anos de 2019 e 2020, juntamente com as teorias da Totalidade de Milton Santos e Liberdades Substantivas de Amartya Sen, que permitiram concluir que há desvirtuamento dos princípios de equidade, integralidade e universalidade do SUS, associados à racionalidade burocrática e à assimetria de desenvolvimento intra regional, sendo a cidade de Araguaína o polo de referência para a Região de Saúde Médio Norte Araguaia, nela se concentram os serviços, instituições e profissionais da saúde. Também é a cidade mais desenvolvida do norte do Estado do Tocantins, fatores que a condicionam a ser ponto luminoso em relação às demais 16 cidades da mesma Região de Saúde e atrativa ao fluxo populacional, onde se presencia o crescimento demográfico induzido pela imigração. Em consequência, há uma implosão populacional e lento desenvolvimento das cidades próximas, devido ao potencial de competitividade, também o crescimento de espaços urbanos precários em Araguaína e a existência da vulnerabilidade social. Para uma melhor equidade de acessibilidade aos serviços de saúde ofertados pelo SUS, propõe-se uma revisão das diretrizes que norteiam a distribuição espacial dos mesmos afim de superar os desafios operacionais que implicam na limitação do acesso focando no estabelecimento da distância mínima para a existência de determinados serviços de saúde, afim de superar a assimetria distributiva existente.
Abstract: La creación del Sistema Único de Salud (SUS) en 1988 representa una conquista social de la VIII Conferencia de Salud, su implementación fue posible gracias a la Constitución de 1988, que reconoció a la salud como un derecho universal, siendo una necesidad básica de todo ciudadano y un deber del Estado para promoverlo. Entre los principios del SUS están la Universalidad, la Integralidad y la Equidad. También están los lineamientos de Regionalización y Descentralización. La Regionalización en Salud tiene como objetivo promover la accesibilidad a los servicios de salud a través de convenios entre municipios y estados para facilitar la adquisición e implementación de servicios de salud para la población adscrita a un determinado territorio. La descentralización es otra directriz que orienta la concertación y participación de los Estados y municipios en la gestión de los recursos que les son destinados, función que antes sólo ejercía el Gobierno Federal. La consolidación del SUS es un proceso que lleva años y que enfrenta desafíos socioespaciales para su funcionamiento, desafíos que son objeto de políticas públicas diseñadas para orientar su resolución, entre ellos, la oferta desigual de servicios de salud en los territorios, asociado a la asimetría del desarrollo en las localidades. Este Panorama incide en el flujo poblacional en busca de los diversos servicios presentes en los centros más desarrollados, incluidos los servicios de salud, considerados de primera necesidad y que, por ello, existe la necesidad de estar lo más cerca posible de las comunidades que dependen de ellos. Sin embargo, los servicios de salud están concentrados en las ciudades polo, que son referencias en las Regiones de Salud constituidas por varias ciudades y separadas de la referencia por distancias, a veces significativas, que deben recorrer los individuos en busca de atención en salud. Para verificar los desafíos socio-espaciales en cuanto a la Regionalización de la salud en la Región del Medio Norte de Araguaia, se partió de la hipótesis de que existe un flujo poblacional hacia la ciudad de Araguaína desde las poblaciones de los municipios aledaños en busca de servicios de salud y que la reducción de la asimetría socioespacial intrarregional minimiza el flujo de población, asegurando una mayor equidad de acceso. Para ello, se enumeraron como objetivos generales: caracterizar la Regionalización de la Salud en la Región del Medio Norte Araguaia y señalar las desigualdades socioespaciales intrarregionales y sus efectos en el acceso a los servicios del SUS; específicos: 1- describir la estructura de salud de la Región del Medio Norte de Araguaia, con el objetivo de comprender si las diferencias socioeconómicas entre sus municipios interfieren con el acceso a la salud y la promoción de la vulnerabilidad; 2- identificar, por municipio, la encuesta de personas que buscan servicios de salud en Araguaína, así como los principales servicios de salud que están atrayendo a la población de los municipios vecinos; 3 - investigar cómo la densidad de población y la distancia pueden configurarse como factores de desafío para el acceso a los servicios de salud del SUS en la región del Medio Norte de Araguaia. El estudio se basó en la recolección de datos secundarios de las fuentes IBGE, SESAU, SEMOS, SEPLAN, Ministerio Público, HRA y HMA. El análisis consideró el valor absoluto de la encuesta, que se refiere a los años 2019 y 2020, junto con las teorías de la Totalidad de Milton Santos y las Libertades Sustantivas de Amartya Sen, lo que permitió concluir que existe una distorsión de los principios de equidad, integralidad y universalidad del SUS, asociado a la racionalidad burocrática y la asimetría del desarrollo intrarregional, siendo la ciudad de Araguaína el centro de referencia de la Región de Salud del Medio Norte Araguaia, donde se concentran servicios, instituciones y profesionales de salud. Es también la ciudad más desarrollada del norte del Estado de Tocantins, factores que la condicionan a ser un punto luminoso en relación a las otras 16 ciudades de la misma Región de Salud y atractiva para el flujo de población, donde el crecimiento demográfico inducido por se presencia la inmigración. Como resultado, se produce una implosión poblacional y un lento desarrollo de las ciudades cercanas, debido al potencial de competitividad, así como el crecimiento de espacios urbanos precarios en Araguaína y la existencia de vulnerabilidad social. Para una mejor equidad de accesibilidad a los servicios de salud que ofrece el SUS, se propone una revisión de los lineamientos que guían la distribución espacial de los mismos con el fin de superar los desafíos operacionales que implican en la limitación del acceso centrándose en el establecimiento de la distancia mínima para la existencia de ciertos servicios de salud, con el fin de superar la asimetría distributiva existente.
URI: http://hdl.handle.net/11612/5532
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