Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/4881
Autor(a): Rocha, Wysney Pereira
Orientador: Feitosa, Juliana Biazze
Título: Ruralidade e desproteção social: um retrato da comunidade do Ribeirão Chupé
Palavras-chave: Ruralidade;Políticas Sociais - Brasil;Psicologia;Comunidade do Ribeirão Chupé
Data do documento: 28-Jan-2023
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Citação: ROCHA, Wysney Pereira. Ruralidade e desproteção social: um retrato da comunidade do Ribeirão Chupé. 2021. 88 f. Artigo de Graduação (Graduação em Psicologia) - Universidade Federal do Tocantins, Miracema do Tocantins, 2023.
Resumo: As desigualdades sociais geram condições de pobreza que não se expressam apenas no meio urbano, mas também abrange o território das ruralidades, espaço este, que muitas vezes ainda é invisibilizado diante das políticas sociais e da atuação dos profissionais de psicologia e de outras áreas. Tais práticas também se consolidam através da naturalização das desigualdades sociais, por isso é necessária uma leitura crítica dos fenômenos sociais. Considerando estes aspectos, o trabalho em questão visa fazer uma discussão acerca do acesso às políticas sociais em interface com as ruralidades e objetiva compreender como a naturalização da pobreza se configura como um fator de exclusão de acesso aos direitos sociais dos moradores da comunidade do Ribeirão Chupé. Recorremos enquanto estratégia metodológica à pesquisa histórica, qualitativa e de campo. A pesquisa foi realizada com a comunidade acampada que vive as margens do rio Ribeirão Chupé, localizada na rodovia TO-050, entre o município de Palmas e Porto Nacional. Atualmente vivem 15 famílias na referida comunidade. O instrumento de pesquisa adotado foi a entrevista semiestruturada, que se configurou como um recurso para se trabalhar com a história oral. Para o tratamento dos dados criamos categorias de análise, que foram interpretadas a partir da história. Como resultados, destacamos que as políticas sociais por si só, não são capazes de promover igualdade social, é preciso superar sua lógica de assegurar o mínimo e caminhar para uma nova forma de sociabilidade. Ademais, faz-se necessário a adoção de uma perspectiva crítica na atuação dos profissionais que vão atender as populações em contexto de ruralidade, respeitando e conhecendo a territorialidade e a historicidade dos contextos de trabalho. Ainda há a necessidade de muitas discussões e implicação popular para que possamos trilhar caminhos de modo a combater e superar a pobreza, da mesma forma faz- se cada vez mais necessário que não naturalizemos os fenômenos sociais que circundam a consolidação da nossa sociedade e o passado histórico que ainda hoje marca as populações negras, indígenas, camponesas, LGBTQIA+, dentre tantas outras.
Abstract: Social inequalities generate poverty conditions that are not only expressed in the urban environment, but also in rural areas, which are often invisible to social policies and the professional performance of some sectors. Such practices are also consolidated through the naturalization of social inequalities, which is why a critical reading of social phenomena is necessary. Considering these aspects, the work in question aims to discuss the access to social policies in interface with ruralities and aims to understand how the naturalization of poverty is configured as a factor of exclusion from access to social rights of the residents of the Ribeirão Chupé community. As a methodological strategy, we used historical, qualitative, and field research. The research was carried out with the camped community that lives on the banks of the Ribeirão Chupé river, located on the TO-050 highway, between the cities of Palmas and Porto Nacional. Currently, 15 families live in this community. The research instrument adopted was the semi-structured interview, which was configured as a resource for working with oral history. For data treatment we created analysis categories, which were interpreted based on history. As results, we highlight that social policies by themselves are not able to promote social equality; it is necessary to overcome their logic of ensuring the minimum and move towards a new form of sociability. Furthermore, it is necessary to adopt a critical perspective in the work of the professionals who will attend the populations in rural contexts, respecting and knowing the territoriality and the historicity of the work contexts. There is still the need for many discussions and popular involvement so that we can follow paths to fight and overcome poverty, in the same way it is increasingly necessary that we do not naturalize the social phenomena that surround the consolidation of our society, and the historical past that still marks black, indigenous, peasant, LGBTQIA+ populations, among many others.
URI: http://hdl.handle.net/11612/4881
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