Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/4130
Autor(a): Silva, Edmaira Eduardo da
Orientador: Silva, Luiza Helena Oliveira da
Título: A programação dos corpos: uma análise semiótica dos aspectos religiosos e totalitários presentes em o conto da Aia.
Palavras-chave: Discurso religioso.;Gênero.;Sociedade autoritária.;Semiótica discursiva.;Regime da programação.
Data do documento: 1-Set-2022
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Citação: SILVA,Edmaira Eduardo da. A programação dos corpos: uma análise semiótica dos aspectos religiosos e totalitários presentes em o conto da Aia. 60 f. Monografia (Graduação) - Letras, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, 2019.
Resumo: Nesta pesquisa analisamos o romance distópico O Conto da aia, publicado originariamente em inglês em 1985, da escritora canadense Margaret Atwood. A narrativa se desenvolve num futuro próximo no lugar fictício denominado como República de Gilead. Gilead é descrita pela narradora, personagem central do conto, como Estado totalitário, teocrático e patriarcal que, após um ataque ao congresso e o assassinato do presidente dos Estados Unidos da América, instaura um governo liderado por fanáticos religiosos. Ao assumirem o poder, estes se valem de passagens das escrituras do Antigo Testamento para justificar o controle dos corpos femininos e condenar à morte todos os que pretendem escapar à dominação. O objetivo do trabalho é refletir a respeito da transformação de uma sociedade democrática em uma sociedade totalitária e identificar os fundamentos do discurso de natureza religiosa que substanciam o controle social sobre as mulheres na narrativa. Para a análise, recorremos aos subsídios da semiótica discursiva, com a atualização do conceito de programação sugerido por Eric Landowski na obra Interações arriscadas. Acreditamos que esse regime de interação nos auxilia a compreender a forma como os corpos femininos são controlados mediante a imposição ideológica. Este é um estudo de abordagem qualitativa, no qual foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica e análise literária.
Abstract: In this research we analyze the dystopic romance The Handmaid‘s Tale, originally published in English in 1985, written by Canadian writer Margaret Atwood. The narrative is set in a near future, on a fictional place known as the Republic of Gilead. Gilead is described by the narrator, the tale‘s main character, as a totalitarian, theocratic and patriarchal State that, after an attack to the congress and the assassination of the president of the United States of America, stablishes a government led by religious fanatics. After seizing power, they betake passages from the Old Testament scriptures to justify their control over female bodies and condemn to death all who intend to scape domination. The objective of this work is to reflect upon the transformation of a democratic society into a totalitarian society and to identify the fundaments of the religious natured discourse that substantiates the social control over women in the narrative. For the analysis, we resort to the subsidies of discursive semiotics, with the update of the programming concept suggested by Eric Landowski in the book Interações arriscadas [Risky interactions]. We believe this interaction regime helps us comprehend the way female bodies are controlled upon the imposition of ideology. This is study of qualitative approach, in which was utilized was the bibliographical research method and literature analysis.
URI: http://hdl.handle.net/11612/4130
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