Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/11612/7874
Autor(a): | Cartaxo, Adriana Nascimento Santos |
Orientador: | Bermejo, Paulo Henrique de Souza |
Título: | Vacinação, testes, infecção e morte: o controle da Covid-19 e sua associação ao crescimento do PIB em termos mundiais |
Palavras-chave: | Análise de Dados. Covid-19. Indicadores. Saúde Pública. Data Analysis. Indicators. Public Health |
Data do documento: | 10-Mai-2024 |
Citação: | CARTAXO, Adriana Nascimento Santos. Vacinação, testes, infecção e morte: o controle da Covid-19 e sua associação ao crescimento do PIB em termos mundiais. 2024.83f. Tese (Doutorado em Modelagem Computacional e Sistemas) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional e Sistemas, Palmas, 2024. |
Resumo: | A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 11 de março de 2020, a pandemia do novo coronavírus e, em 5 de maio de 2023, anunciou o término da emergência de saúde pública, embora tenha recomendado a continuidade do fortalecimento da vigilância sanitária. Até 14 de abril de 2024, foram notificados globalmente 775 milhões de casos e 7,05 milhões de mortes, evidenciando as dificuldades enfrentadas pelos países no controle da pandemia. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo analisar a associação entre o controle da Covid-19 e o Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Esta escolha é justificada pela lacuna apontada por Salyer (2020), que destaca a necessidade de equilibrar o controle da transmissão da Covid-19 com as considerações econômicas. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi empregada uma análise observacional transversal, utilizando dados epidemiológicos oficiais da Covid-19, abrangendo o período de 31 de dezembro de 2019 a 10 de agosto de 2021, e o crescimento do PIB em 2020. Foram utilizadas análises descritivas, aplicando métodos estatísticos, análise da associação, experimentos naturais e um estudo de caso focado no Brasil, que apresentou a maior queda na capacidade de controle de doenças infecciosas (23% de 2020 para 2022), conforme indicado pelo Regulatório Sanitário Internacional, entre os países com mais casos e mortes por Covid-19. Os dados foram ajustados para evitar vieses conforme as diretrizes da OMS. A partir da criação de um modelo estatístico, foram determinados o Indicador de Risco de Infecção (IRI), o Indicador de Risco de Morte (DRI) e o Índice de Controle de Doenças Infecciosas (IDCI). O IDCI foi normalizado por meio da transformação logarítmica e foi aplicada regressão linear para analisar a correlação entre o IDCI e a taxa de crescimento do PIB. Os resultados indicaram uma correlação mais significativa em países com mais de 10 milhões de habitantes (0,61), especialmente no grupo com elevado PIB per capita (0,77), em 2020. Os países com maior controle e crescimento econômico foram a China (454, 2,3), a Etiópia (211, 6,1), Bangladesh (45, 3,8) e o Egito (39, 3,6). Em contrapartida, o Brasil (1,30, –4,1), o México (1,36, –8,2), os Estados Unidos (2, –3,5), a Rússia (10,7, –3,1) e a Índia (23, –8) apresentaram resultados inversos. Até 10 de agosto de 2021, o Brasil, o México, os Estados Unidos e a Rússia registraram o menor controle da Covid-19 (0,2, 0,3, 0,86, 2, respectivamente) entre os países de grande população, além de apresentarem os maiores riscos de infecção (0,3, 0,07, 0,1, 0,04) e altos riscos de morte (14,58, 44, 11,5, 11,77). Os objetivos do estudo foram alcançados, destacando-se, como principais contribuições que os países com melhor gerenciamento do controle epidemiológico também demonstraram um desempenho superior no crescimento do PIB em 2020. Além disso, a capacidade de testagem, vacinação e o tamanho da população mostraram-se influentes no controle da Covid-19. O IDCI pode ser utilizado para avaliar capacidades subnacionais e outras doenças, como Dengue e Monkeypox, contribuindo para a melhoria das políticas de saúde pública. |
Abstract: | The World Health Organization (WHO) declared the new coronavirus pandemic on March 11, 2020, and on May 5, 2023, announced the end of the public health emergency, although it recommended the continued strengthening of health surveillance. As of April 14, 2024, a total of 775 million cases and 7.05 million deaths had been reported globally, highlighting the challenges faced by countries in controlling the pandemic. In this context, the present study aims to analyze the association between the control of Covid-19 and the Gross Domestic Product (GDP) Growth. This choice is justified by the gap pointed out by Salyer (2020), who emphasizes the need to balance the control of Covid-19 transmission with economy considerations. For the development of the research, a cross-sectional observational analysis was employed, using official Covid-19 epidemiological data covering the period from December 31, 2019 to August 10, 2021, and the GDP growth in 2020. Descriptive analyzes were performed, applying statistical methods, association analysis, natural experiments and case study focused on Brazil, which presented the largest decline in infectious diseases control capacity (23% from 2020 to 2022), as indicated by the Health Regulatory International, among countries with the highest numbers of Covid-19 cases and deaths. The data were adjusted to avoid biases following WHO guidelines. By creating a statistical model, the Infection Risk Indicator (IRI), the Death Risk Indicator (DRI), and the Infectious Disease Control Index (IDCI) were determined. The IDCI was normalized through logarithmic transformation, and linear regression was applied to analyze the correlation between the IDCI and the GDP growth rate. The results showed a more significant correlation in countries with populations over 10 million inhabitants (0.61), particularly in the group with high GDP per capita (0.77), in 2020. The countries with the highest control and economic growth were China (454, 2.3), Ethiopia (211, 6.1), Bangladesh (45, 3.8) and Egypt (39, 3.6). In contrast, Brazil (1.30, –4.1), Mexico (1.36, –8.2), the United States (2, –3.5), Russia (10.7, –3.1) and India (23, –8) showed inverse results. As of August 10, 2021, Brazil, Mexico, the United States and Russia had the lowest Covid-19 (0.2, 0.3, 0.86, 2) among the most populous countries, as well as the highest infection risks (0.3, 0.07, 0.1, 0.04), and high death risks (14.58, 44, 11.5, 11.77). The study objectives were achieved, with the main contributions being that countries with better management of epidemiological control also demonstrated superior GDP growth performance in 2020. Additionally, testing capacity, vaccination, and population size were influential in controlling Covid-19. The IDCI can be used to assess subnational capacities and other diseases, such as Dengue and Monkeypox, contributing to the improvement of public health policies. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/7874 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Modelagem Computacional de Sistemas |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Adriana Nascimento Santos Cartaxo - Dissertação.pdf | 1.43 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.