Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/11612/7337
Authors: BRITO, Aurélia Matos
metadata.dc.contributor.advisor: GUEDES , Luciano da Silva
Title: Agricultura urbana como instrumento de desenvolvimento na perpectiva de Amartya Sen
Keywords: Desenvolvimento;Amartya Sen;Agricultura Urbana;Horta;Cidade Média
Issue Date: 2020
Publisher: Universidade Federal do Tocantins
metadata.dc.publisher.program: PPGDire
Citation: BRITO, Aurélia Matos. Agricultura urbana como instrumento de desenvolvimento na perpectiva de Amartya Sen: um estudo em hortas na cidade de Araguaína-TO. 2020. 139 f. Dissertação (Mestrado em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais) – Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, 2020.
metadata.dc.description.resumo: Este estudo teve como objetivo analisar a relação das hortas intraurbanas com o desenvolvimento na perspectiva de Amartya Sen. Para tanto, foi realizado um estudo de caso em hortas localizadas na zona intraurbana do município de Araguaína-TO. Investigaram-se oito hortas (casos), tendo sido os dados colhidos por meio das técnicas de entrevista semiestruturada a partir de formulário-base cujos dados foram discutidos por meio da análise de conteúdo. Foi investigado se este tipo de agricultura urbana, evidenciado por meio das hortas, poderia ser considerado um instrumento potencial para o processo de desenvolvimento teorizado por Amartya Sen, sendo considerado que para que haja desenvolvimento todas as formas de privação de liberdade devem ser removidas, sendo que a liberdade deve ser um meio para que se atinja o desenvolvimento e um objetivo também a ser alcançado. O estudo permite considerar que a horta se apresenta como um instrumento positivo para ser utilizado, entretanto, o empreendimento por si só não consegue eliminar todas as formas de privação de liberdade e capacidade, considerando que muitas delas se perfazem pela ausência do Estado. Do ponto de vista positivo, foi possível compreender que o empreendimento proporciona uma renda favorável para os horticultores, levando em conta a baixa capacitação escolar e técnica, o que reflete diretamente nos bens e serviços aos quais tem acesso e nas condições de moradia, que foram consideradas satisfatórias considerando os dados levantados. O empreendimento agrícola também traz contribuição para a economia local, dada a produção local dos vários tipos de resultados advindos das plantações, o que reverbera positivamente nas questões de emprego e renda, bem como o impacto na composição do espaço urbano, pois contribui para limpeza e paisagem. Ainda que seja potencial, a horticultura a partir dos dados não se revelou como uma simples escolha, já que foi mais a impossibilidade de outras oportunidades que levaram os horticultores para aquele empreendimento, e ainda assim muito bem quisto pelos entrevistados que não se imaginam em outra profissão, além de expressarem que dentre outras escolhas possíveis esta é a mais vantajosa, principalmente economicamente. As questões desfavoráveis ao empreendimento estão ligadas ao próprio tipo de trabalho que exige fisicamente dos produtores e a falta de reconhecimento e investimento do poder público e privado na atividade, o que influencia na escassez de capital para aplicar e expandir. Foi possível inferir que os horticultores são privados de liberdades básicas ligadas às oportunidades sociais, como educação, saúde e saneamento básico que dizem sobre o bem-estar. Portanto, a horta é um empreendimento potencial para trabalhar alguns aspectos ligados às oportunidades sociais dentro do processo do desenvolvimento, ainda que não consiga lidar com todos, e como apresentado tem muitos aspectos positivos o que a coloca como uma possibilidade viável que deveria ser mais utilizada, em especial no escopo das políticas públicas que visam o desenvolvimento.
Abstract: This study aimed to analyze the relationship between intra-urban gardens and development in the Senian perspective. For this purpose, a multiple case study was carried out in vegetable gardens located in the intra-urban area of the municipality of Araguaína-TO. Eight gardens (cases) were investigated, and the data collected using semi-structured interview techniques and forms were analyzed using content analysis. It was investigated whether this type of urban agriculture, as evidenced by vegetable gardens, could be considered a potential instrument for the development process theorized by Amartya Sen, considering that in order for there to be development all forms of deprivation of liberty must be removed, and the Freedom must be a means to achieve development and an objective to be achieved. The study allows us to consider that the vegetable garden presents itself as a positive instrument to be used, however, the enterprise alone cannot eliminate all forms of deprivation of freedom and capacity, considering that many of them are made up of the absence of the State. From a positive point of view, it was possible to understand that the enterprise provides a favorable income for horticulturists, taking into account the low educational and technical training, which directly reflects in the goods and services to which they have access and in the living conditions, which were considered satisfactory from the data. The venture also contributes to the local economy, given the local production of the various types of products from the plantations, which has a positive impact on issues of employment, income and the composition of the urban space, as it contributes to cleanliness and the landscape. Although it is potential, horticulture from the data did not prove to be a simple choice, it was more the lack of other opportunities that led horticulturists to that enterprise, and still very well liked by the interviewees who do not imagine themselves in another profession and expressed that among other possible choices this is the most advantageous, mainly economically. Issues unfavorable to the enterprise are linked to the type of work that physically demands from producers and the lack of recognition and investment by public and private authorities in the activity, which influences the scarcity of capital to invest and expand. It was possible to infer that horticulturists are deprived of basic freedoms linked to social opportunities, such as education, health and basic sanitation that they say about well-being. Therefore, the vegetable garden is a potential undertaking to work on some aspects related to social opportunities within the development process, although it cannot deal with all of them, and as presented, it has many positive aspects which makes it a viable possibility that should be used more, especially in the scope of public policies aimed at development.
URI: http://hdl.handle.net/11612/7337
Appears in Collections:Mestrado em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
AURÉLIA MATOS BRITO-DISSERTAÇÃO-PPGDire.pdf4.84 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.