Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/11612/2273
Authors: Salgado, Rômulo Dayan Camelo
metadata.dc.contributor.advisor: Mucari, Talita Buttarello
Title: Qualidade de vida e hanseníase em um município hiperendêmico: um estudo dos sujeitos tratados e dos contatos intradomiciliares
Keywords: Estigma social; Hanseníase; Qualidade de vida; Social stigma; Leprosy; Quality of life
Issue Date: 17-Dec-2020
Publisher: Universidade Federal do Tocantins
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
Citation: SALGADO, Rômulo Dayan Camelo . Qualidade de vida e hanseníase em um município hiperendêmico: um estudo dos sujeitos tratados e dos contatos intradomiciliares.2020.85f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Palmas, 2020.
metadata.dc.description.resumo: A Hanseníase é uma doença crônica que pode levar a lesões físicas irreversíveis e estigmatizantes, interferindo na qualidade de vida (QV) dos sujeitos e de seus contatos intradomiciliares (CI). Objetivo: Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de pessoas tratadas de Hanseníase e de seus CI, além de verificar os fatores socioculturais e de condições de saúde associados, nos territórios da Estratégia de Saúde da Família do município de Imperatriz - Maranhão. Material e Métodos: Tratou-se de estudo quantitativo, descritivo e transversal, em população composta por 172 casos novos, diagnosticados em 2018, nos distritos sanitários de Imperatriz-MA e acompanhados pelo Programa de Controle para Hanseníase. A coleta de dados ocorreu em visita domiciliar entre janeiro e março de 2020, resultando em amostra de 123 sujeitos tratados e 301 CI após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Realizou-se entrevista individual utilizando: questionário sociocultural e de saúde, World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) e Escala de Estigma. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Ceuma sob o parecer nº 3.611.230. Utilizou-se o software SPSS para análise estatística. Realizaram-se cálculos de frequência e de medidas de tendência central e variabilidade. A normalidade foi verificada pelo teste de Kolmogorov– Smirnov. A associação entre as variáveis socioculturais e de condições de saúde com a QVRS e o Estigma foi verificada por meio do teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher. Para realização destes testes categorizaram-se as variáveis quantitativas QVRS e Grau de Estigma. Estimaram-se também as correlações de Spearman entre as variáveis quantitativas contínuas (QVRS, Domínios da QVRS e Grau de Estigma). Considerou-se o nível de significância de 5% para os testes estatísticos. Resultados e Discussão: A QV geral foi não satisfatória para 50,4% dos sujeitos tratados e o grau de estigma foi elevado em 48% dos casos. Não houve associação significativa entre as categorias do estigma (alto e baixo) e da QVRS (satisfatória e não satisfatória) dos indivíduos tratados. As variáveis associadas às categorias de QVRS foram: faixa etária, estado civil, escolaridade, ocupação/profissão, nº de contatos diários, renda e episódios reacionais. Já para o grau de estigma apenas o estado civil demonstrou associação significativa. Quanto aos CI, a QVRS foi não satisfatória para 89,4% e o grau de estigma foi elevado em 43,2% dos casos. Encontrou-se associação significativa entre as categorias do estigma (alto e baixo) e da QVRS (satisfatória e não satisfatória). As variáveis que se associaram com a QVRS dos CI foram: faixa etária, estado civil, escolaridade, ocupação/profissão e renda familiar. Para o grau de estigma associaram-se: faixa etária, estado civil, escolaridade e renda familiar. A QVRS relacionou-se significativamente com todos os domínios do WHOQOL-bref, principalmente com os domínios fisico e de relações sociais, tanto nos sujeitos tratados quanto nos CI. Nos contatos, o estigma manteve relação significativa com todos os domínios da QVRS, e proporcionamente inversa para os domínios ambiental, psicológico e social. Conclusão: Considerável parcela dos sujeitos, mesmo após alta por cura, apresentou QVRS não satisfatória e elevado grau de estigma. E a maioria de seus contatos apresentam QVRS não satisfatória e grau de estigma baixo. Constatou-se que condições desfavoráveis de vida relacionadas à pobreza, como o baixo grau de escolaridade, renda, nº de contatos diários, estado civil e ocupação estão relacionadas à QVRS destas pessoas e de seus CI, também vulneráveis ao adoecimento. Faz-se necessário políticas públicas voltadas para o diagnóstico precoce, reabilitação psicossocial e maior redução na cadeia de transmissão, uma vez que a Hanseníase deve ser compreendida como problema sóciosanitário que impacta diretamente a QVRS dos sujeitos e CI.
Abstract: Leprosy is a chronic disease that can lead to irreversible and stigmatizing physical injuries, interfering with the quality of life (QOL) of the subjects and their household contacts (IC). Objective: To evaluate the health-related quality of life (HRQoL) of people treated for leprosy and their IC, in addition to checking the socio-cultural factors and associated health conditions, in the territories of the Family Health Strategy in the municipality of Imperatriz - Maranhão. Material and Methods: This was a quantitative, descriptive and cross-sectional study, in a population composed of 172 new cases, diagnosed in 2018, in the health districts of ImperatrizMA and monitored by the Leprosy Control Program. Data collection took place during a home visit between January and March 2020, resulting in a sample of 123 treated subjects and 301 IC after applying the inclusion and exclusion criteria. Individual interviews were conducted using: socio-cultural and health questionnaire, World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) and Stigma Scale. The study was approved by the Research Ethics Committee of Universidade Ceuma under the number 3,611,230. The SPSS software was used for statistical analysis. Calculations of frequency and measures of central tendency and variability were performed. Normality was verified by the Kolmogorov – Smirnov test. The association between socio-cultural variables and health conditions with HRQoL and Stigma was verified using the Chi-square or Fisher's Exact test. To perform these tests, the quantitative variables HRQoL and Degree of Stigma were categorized. Spearman's correlations between continuous quantitative variables (HRQoL, HRQOL domains and degree of stigma) were also estimated. The level of significance was set at 5% for statistical tests. Results and discussion: The general QOL was unsatisfactory for 50.4% of the treated subjects and the degree of stigma was high in 48% of the cases. There was no significant association between the categories of stigma (high and low) and HRQoL (satisfactory and unsatisfactory) of the treated individuals. The variables associated with the HRQoL categories were: age range, marital status, education, occupation / profession, number of daily contacts, income and reaction episodes. As for the degree of stigma, only marital status showed a significant association. As for IC, HRQoL was unsatisfactory for 89.4% and the degree of stigma was high in 43.2% of cases. A significant association was found between the categories of stigma (high and low) and HRQoL (satisfactory and unsatisfactory). The variables associated with the CI's HRQoL were: age range, marital status, education, occupation / profession and family income (p <0.001). For the degree of stigma, the following were associated: age group, marital status, education and family income. The HRQoL was significantly related to all WHOQOL-bref domains, mainly to the physical and social relations domains, both in the treated subjects and in the IC. In contacts, stigma maintained a significant relationship with all domains of HRQoL, and proportionately inverse for the environmental, psychological and social domains. Conclusion: Considerable portion of the subjects, even after being discharged due to cure, presented unsatisfactory HRQoL and a high degree of stigma. And most of their contacts have unsatisfactory HRQoL and a low degree of stigma. It was found that unfavorable living conditions related to poverty, such as low level of education, income, number of daily contacts, marital status and occupation are related to the HRQoL of these people and their IC, who are also vulnerable to illness. Public policies aimed at early diagnosis, psychosocial rehabilitation and greater reduction in the transmission chain are necessary, since Hansen's disease must be understood as a socio-health problem that directly impacts the subjects' HRQoL and IC
URI: http://hdl.handle.net/11612/2273
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